Resumo do livro de Augusto Cury- Pais / Brilhantes/ professores fascinantes
( Somente a parte dos pais)
Educar é acreditar na
vida, mesmo que derramamos lágrimas. Educar é ter esperança no futuro, mesmo
que os jovens nos decepcionem no presente. Educar é semear com sabedoria e
colher com paciência. Educar é ser um garimpeiro que procura os tesouros do
coração.
Para
onde caminha a juventude
Há um mundo a ser
descoberto dentro de cada criança e de cada jovem. Só não consegue descobri-lo
quem está encarcerado dentro do seu próprio mundo.
Nossa geração quis dar
o melhor para as crianças e para os jovens. Sonhamos grandes sonhos para eles.
Procuramos dar os melhores brinquedos, roupas, passeios, escolas. Não queríamos
que eles andassem na chuva, se machucassem nas ruas, se ferissem com os
brinquedos caseiros e vivessem as dificuldades pelas quais passamos.
Colocamos uma televisão
na sala. Alguns pais, com mais recursos, colocaram uma televisão e um
computador no quarto de cada filho. Outros encheram seus filhos de atividades,
matriculando-os em cursos de inglês, computação, música.
Tiveram uma excelente
intenção, só não sabiam que as crianças precisavam ter infância, que
necessitavam inventar, correr riscos, frustrar-se, ter tempo para brincar e se
encantar com a vida. Não imaginavam o quanto a criatividade, a felicidade a
ousadia e a segurança do adulto dependiam das matrizes da memória e da energia
emocional da criança. Não compreenderam que a TV, os brinquedos manufaturados,
a internet e o excesso de atividades obstruíam a infância dos seus filhos.
Criamos um mundo
artificial para as crianças e pagamos um preço caríssimo. Produzimos sérias
consequências no território da emoção, no anfiteatro dos pensamentos e no solo
da memória deles. Vejamos algumas consequências.
Obstruindo
a inteligência das crianças e adolescentes
Muitos jovens vivem
alienados, não pensam no futuro, não tem garra e projeto de vida.
Pais e filhos
vivem ilhados, raramente choram juntos e comentam sobre seus sonhos, mágoas,
alegrias e frustrações.
As crianças e os jovens
aprendem a lidar com fatos lógicos, mas não sabem lidar com fracassos e falhas.
Os jovens são
preparados para lidar com decepções? Não! Eles são treinados apenas para o
sucesso. Viver sem problemas é impossível. O sofrimento nos constrói e nos
destrói. Devemos usar o sofrimento para construir a sabedoria. Mas quem se
importa com a sabedoria na era da informática?
Nós nos
tornamos máquinas de trabalhar e estamos transformando nossas crianças em
máquinas de aprender.
Com o tempo,
crianças e adolescentes perdem o prazer nos pequenos estímulos da rotina
diária.
Eles precisam fazer
muitas coisas para ter um pouco de prazer, o que gera personalidades flutuantes,
instáveis, insatisfeitas. Temos uma indústria de lazer complexa. Deveríamos ter
a geração de jovens mais felizes que já pisaram na Terra. Mas produzimos uma
geração de insatisfeitos.
A escola, também deixou
de ser uma aventura agradável.
Estamos
infomando e não formando
Os jovens
conhecem cada vez mais em que estão, mas quase nada sobre o mundo que são.
A educação tornou-se
seca, fria e sem tempero emocional. Os jovens raramente sabem pedir perdão,
reconhecer seus limites, se colocar no lugar dos outros. Qual é o resultado?
Nunca o conhecimento
médico e psiquiátrico foi tão grande, e nunca as pessoas tiveram tantos
transtornos emocionais e tantas doenças psicossomáticas. A depressão raramente
atingia as crianças. Hoje há muitas crianças deprimidas e sem encanto pela
vida. Pré-adolescentes estão desenvolvendo obsessão, síndrome do pânico,
fobias, timidez, agressividade e outros transtornos ansiosos.
Milhões de jovens estão
se drogando. Não compreendem que as drogas podem queimar etapas da vida,
levá-los a envelhecer rapidamente na emoção.
É comum detectarmos não
apenas adultos estressados, mas também jovens e crianças, Eles têm
frequentemente dor de cabeça, gastrite, dores musculares, suor excessivo,
fadiga constante de fundo emocional. Quanto pior for a qualidade da educação,
mais importante será o papel da psiquiatria neste século.
Vamos assistir passivamente à indústria dos antidepressivos e
tranquilizantes se tornar uma das mais poderosas do século XXI? Vamos
observar passivamente nossos filhos serem vítimas do sistema social que
criamos? O que fazer diante dessa problemática?
Procurando
pais brilhantes e professores fascinantes
As teorias não
funcionam mais. Bons professores estão estressados e gerando alunos
despreparados para a vida. Bons pais estão confusos e gerando filhos com
conflitos.
Atualmente não basta
ser bom, pois a crise da educação impõe que procuremos a excelência.
Um excelente
educador não é um ser humano perfeito, mas alguém que tem serenidade para se
esvaziar e sensibilidade para aprender.
PARTE
1
SETE HÁBITOS DOS
BONS PAIS E DOS PAIS BRILHANTES
Os filhos não
precisam de pais gigantes, mas de seres humanos que falem a sua linguagem e
sejam capazes de penetrar-lhes o coração.
Bons pais dão
presentes. Pais brilhantes dão o seu próprio ser.
Bons pais atendem,
dentro das suas condições, os desejos dos seus filhos. Fazem festas de
aniversário, compram tênis, roupas, produtos eletrônicos, proporcionam
viagens. Pais brilhantes dão algo incomparavelmente mais
valioso aos filhos. Algo que todo o dinheiro do mundo não pode comprar: o seu
ser, a sua história, as suas experiências, as suas lágrimas, o seu tempo.
Você quer ser um pai ou
uma mãe brilhante? Tenha coragem de falar sobre os dias mais tristes da sua
vida com seus filhos. Tenha ousadia de contar sobre suas dificuldades do
passado. Fale das suas aventuras, dos seus sonhos e dos momentos mais
alegres de sua existência. Humanize-se. Transforme a relação com seus
filhos numa aventura. Tenha consciência de que educar é penetrar um no mundo
do outro.
Muitos pais
trabalham para dar o mundo aos filhos, mas se esquecem de abrir o livro da sua
vida para eles. Infelizmente os seus filhos só vão administrá-los no
dia em que eles morrerem. Por que é fundamental para a formação da
personalidade dos filhos que os pais se deixem conhecer?
Porque esta é a única
maneira de educar a emoção e criar vínculos sólidos profundos.
As experiências
aprendidas são mais importantes do que as instintivas. Uma criança de sete anos
é muito imatura e dependente de seus pais. O aprendizado depende do registro
diário de milhares de estímulos externos ( visuais, auditivos, táteis) e
internos ( pensamentos e reações emocionais) nas matrizes da memória.
Anualmente arquivamos milhões de experiências. Diferentemente dos computadores
, o registro em nossa memória é involuntário, produzido pelo fenômeno RAM (
registro automático da memória).
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