Enquanto educadora com atuação no ensino infantil, acho que a sensibilidade do professor de educação infantil, necessariamente deverá ser uma de suas maiores qualidade. No sentido, de que realmente este educador possa entender a sutileza da sabedoria infantil, que se revela em cada ação da criança: no olhar, no sorrir, na utilização de suas múltiplas linguagens, sobretudo na sua capacidade de estar sempre aprendendo, e a cima de tudo também, nos ensinando a partir de sua inata simplicidade.
Encontrei este texto na net. no endereço http://sonhoscompanhia.blogspot.com.br/search/label/Para%20reflectir e estou divulgando por considerá-lo um texto reflexivo, digno de uma boa leitura.
Agora é com vocês leitores.
... texto
que nos faz refletir sobre o que é realmente a nossa prática. Estaremos a dar
voz à criança para exprimir as suas emoções, os seus desejos de aprender, a
exprimir as suas ideias acerca da realidade que a rodeia? Ou estaremos a
retirar à criança a oportunidade de explorar as suas brincadeiras, as suas
aprendizagens através dos seus interesses e das suas necessidades? Façamos uma
avaliação da nossa prática e vejamos se estamos a fazê-la da melhor forma.)
A
criança tem cem linguagens
Cem mãos cem pensamentos
Cem maneiras de pensar
De brincar e de falar
Cem sempre cem
Maneiras de ouvir
De surpreender de amar
Cem alegrias para cantar e perceber
Cem mundos para descobrir
Cem mundos para inventar
Cem mundos para sonhar.
A criança tem
Cem linguagens
(e mais cem, cem, cem)
Mas roubam-lhe noventa e nove
Separam-lhe a cabeça do corpo
Dizem-lhe:
Para pensar sem mãos, para ouvir sem falar
Para compreender sem alegria
Para amar e para se admirar só no Natal e na Páscoa.
Dizem-lhe:
Para descobrir o mundo que já existe.
E de cem roubam-lhe noventa e nove.
Dizem-lhe:
Que o jogo e o trabalho, a realidade e a fantasia
A ciência e a imaginação
O céu e a terra, a razão e o sonho
São coisas que não estão bem juntas
Ou seja, dizem-lhe que os cem não existem.
E a criança por sua vez repete: os cem existem!
Loris Malaguzzi (1996)
Cem mãos cem pensamentos
Cem maneiras de pensar
De brincar e de falar
Cem sempre cem
Maneiras de ouvir
De surpreender de amar
Cem alegrias para cantar e perceber
Cem mundos para descobrir
Cem mundos para inventar
Cem mundos para sonhar.
A criança tem
Cem linguagens
(e mais cem, cem, cem)
Mas roubam-lhe noventa e nove
Separam-lhe a cabeça do corpo
Dizem-lhe:
Para pensar sem mãos, para ouvir sem falar
Para compreender sem alegria
Para amar e para se admirar só no Natal e na Páscoa.
Dizem-lhe:
Para descobrir o mundo que já existe.
E de cem roubam-lhe noventa e nove.
Dizem-lhe:
Que o jogo e o trabalho, a realidade e a fantasia
A ciência e a imaginação
O céu e a terra, a razão e o sonho
São coisas que não estão bem juntas
Ou seja, dizem-lhe que os cem não existem.
E a criança por sua vez repete: os cem existem!
Loris Malaguzzi (1996)
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